O senador Eduardo Gomes (MDB-TO) falou, para mais de 150 empresários do Distrito Federal, membros do Lide Brasília - Grupo de Líderes Empresariais, sobre o uso produtivo da Inteligência Artificial (IA) nas corporações


Paulo Octávio, Fernando Cavalcanti e o senador Eduardo Gomes - Foto: Jorge Eduardo.

Ele preside a Comissão de Comunicação e Direito Digital do Senado Federal e é relator da Comissão Temporária Interna sobre Inteligência Artificial no Brasil, que busca criar um marco regulatório para a aplicação da IA no País.
 
O evento aconteceu nesta sexta-feira (8) e contou com a presença do secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, do secretário de Relações Institucionais, Agaciel Maia, do senador Izalci Lucas (PL-DF), do presidente do Sistema Fecomércio, José Aparecido Freire, da deputada distrital Doutora Jane (MDB-DF), do deputado Distrital Jorge Vianna, do conselheiro do TCDF Manoel de Andrade, do CEO do Metrô-DF, Handerson Cabral, e do presidente da Caesb, Luiz Antônio Reis.
 
O presidente do Lide Brasília, o empresário Paulo Octávio, abriu o evento destacando o impacto da inteligência artificial nas questões sociais e econômicas. "O mundo vai mudar em todos os sentidos, vai mudar na facilidade das questões medicinais, da agricultura, vai mudar o comportamento de todos os profissionais de todas as atividades. O desafio é garantir que máquinas super inteligentes permaneçam alinhadas com valores e interesses humanos", afirmou. Paulo Octávio destacou a importância do diálogo com especialistas em tecnologia para entender o impacto das mudanças no mercado de trabalho.
 
A palestra começou com uma avaliação do senador de que "tudo que se faz em termos de regulação pode, até de maneira bem intencionada, inibir investimento e inovação". Eduardo Gomes ressaltou que regular a inteligência artificial é uma tarefa desafiadora, devido ao rápido avanço da tecnologia. "Para uma inteligência artificial eficiente e justa, a gente precisa de inteligência emocional, precisa de inteligência humana e percepção para as suas consequências". O parlamentar frisou que a regulamentação busca garantir segurança e direitos sem inibir investimentos.

Eduardo Gomes também falou da necessidade de capacitação da população para lidar com as mudanças trazidas pela inteligência artificial. "A inteligência artificial desloca empregos, tira a força de mão de obra em determinadas áreas do desenvolvimento econômico e, em compensação, cria novos empregos", afirmou. Para o senador, a regulação precisa ser feita com o objetivo de oferecer segurança às pessoas sem diminuir a capacidade de inserção no mercado de trabalho.
 
O palestrante falou sobre o momento atual da regulação, explicando que o processo se encontra num momento decisivo, mas também muito tranquilo. "A gente não quer fechar um relatório que feche portas, que feche oportunidades para o Brasil, que gere qualquer dificuldade para o empresário brasileiro, que o cidadão brasileiro não possa utilizar a inteligência artificial para o desenvolvimento", finalizou.