Mario Larco*

Desde a primeira instalação de uma turbina eólica no arquipélago Fernando de Noronha em 1992 até o momento, no ano de 2024, o Brasil mostra um desenvolvimento histórico impressionante do uso de energia eólica como energia renovável.  São 30 GW, de energia instalada atualmente. O Brasil é o terceiro país no mundo a desenvolver energia renovável eólica nos últimos anos, atrás apenas da China e EUA.


Dados publicados pela ABEEÓLICA mostram o impacto dinâmico que o desenvolvimento da energia eólica ONSHORE já exerce sobre a economia brasileira. São 1016 parques eólicos existentes com mais de 10.941 turbinas eólicas instaladas. 

É a existência real de uma infraestrutura importante de energia eólica sustentável, que deve ser continuada considerando que um sistema de geração eólica, equivalente a 5,0 GW, fomenta a existência de 67.700 empregos na cadeia produtiva e de 15.000 empregos em tarefas O&M. A expectativa é enorme ao prever um crescimento considerável da geração de energia eólica, que demanda uma produção nacional de equipamentos.   

A demanda de expansão da capacidade de geração de energia eólica no Brasil passa pela continuidade do desenvolvimento da cadeia de fabricantes deste setor. Essa expansão com base local traz maior dinamismo para a economia brasileira com impactos positivos no PIB do país.

Por outro lado, no que concerne à manutenção de equipamentos, a quantidade de 10.000 turbinas instaladas no Brasil com 10 a 15 anos de existência, aguardam prestação de serviços de manutenção, muitas vezes urgentíssimo, o que demanda a presença de instituições, de logística e de pessoal qualificado. A produção local de equipamentos e serviços de manutenção impactam significativamente no crescimento do PIB nacional.

Faz-se necessário então, que a cadeia produtiva e os membros envolvidos com energia eólica tenham conhecimento suficiente e entendam a estrutura tecnológica de uma turbina eólica, como componente importantíssimo na produção de energia renovável. 

Milhares de colaboradores e profissionais precisam ter uma visão, conhecimento geral, da estrutura mecânica dos equipamentos que produzem nas fábricas e que prestam serviços nos parques de geração eólica. A educação técnica é necessária, facilita a compreensão, eficiência e inovação gerando produtividade.

 

*Mario Larco -é Coordenador de normalização ABNT/ABEEÓLICA / CEE da ABIMAQ